Estudos recentes apontam para um aumento significativo nas áreas da Inglaterra onde a desigualdade social é evidente, com bairros de riqueza e privação coexistindo lado a lado. Em Grimsby, Lincolnshire, as residências de Nunsthorpe, um conjunto habitacional construído após a Segunda Guerra Mundial, estão a poucos metros de casas mais luxuosas em Scartho. A separação entre essas comunidades é marcada por uma barricada de 1,8 metros, tornando quase impossível a circulação entre os dois locais.
A situação em Grimsby ilustra como a desigualdade pode estar fisicamente presente em ambientes urbanos, mesmo em áreas onde a proximidade geográfica deveria promover a interação. As casas em Nunsthorpe, que historicamente abrigavam moradores de baixa renda, contrastam fortemente com as propriedades de Scartho, que apresentam conservatórios e garagens. Este cenário levanta questões sobre a segregação social e os desafios enfrentados por aqueles que vivem em áreas menos favorecidas.
As implicações dessa divisão são profundas, refletindo não apenas a desigualdade econômica, mas também a falta de coesão social entre comunidades vizinhas. À medida que essas disparidades se tornam mais evidentes, os formuladores de políticas enfrentam o desafio de abordar as causas da desigualdade e promover um desenvolvimento urbano mais inclusivo. O futuro dessas áreas dependerá de iniciativas que busquem reduzir a segregação e fomentar um sentimento de comunidade entre os residentes de diferentes contextos socioeconômicos.

