Divergências na UE ameaçam assinatura do acordo com o Mercosul

Camila Pires
Tempo: 2 min.

A menos de 48 horas da assinatura prevista do acordo comercial entre a União Europeia e o Mercosul, líderes europeus se reúnem em Bruxelas para deliberar sobre a continuidade do tratado. A assinatura está agendada para o dia 20 de dezembro em Foz do Iguaçu, Brasil, mas enfrenta forte oposição de países como França, Itália e Polônia, além de protestos de milhares de agricultores que temem os impactos do acordo sobre a produção local.

O acordo, que está em negociação há 25 anos, poderia criar a maior zona de livre comércio do mundo. A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, defende a importância do tratado, que representa um mercado potencial de 700 milhões de consumidores. Contudo, diversos países membros expressam a necessidade de adiar a assinatura, citando a falta de garantias para os agricultores europeus diante da concorrência com produtos sul-americanos.

Enquanto a discussão avança, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva fez um alerta aos líderes europeus, afirmando que, se o acordo não for aprovado, o Brasil não buscará mais negociações durante sua gestão. A divisão entre os países europeus sobre o tratado pode levar a um impasse significativo nas relações comerciais entre a UE e o Mercosul, afetando tanto as exportações quanto a confiança nas políticas comerciais globais.

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