A pintura ‘Sol Poente’, de Tarsila do Amaral, gerou controvérsia ao ser vista na casa do ex-presidente do Itaú, Roberto Setubal. Avaliada em R$ 250 milhões, a obra é objeto de uma disputa judicial que envolve a verdadeira proprietária, Geneviève Boghici, e outros membros da família Boghici. Geneviève declarou que o quadro sempre esteve sob sua guarda e negou quaisquer tentativas de venda.
A controvérsia começou após uma postagem nas redes sociais de Daniela Fagundes, ex-esposa de Setubal, que mostrava a obra encostada na parede. Apesar de a imagem ter sido rapidamente apagada, levantou questões sobre o paradeiro do quadro e sua relação com a herança do colecionador Jean Boghici, de quem a pintura é considerada parte. Atualmente, a Justiça exige informações sobre a obra e a totalidade da herança para o devido inventário.
O caso traz à tona a complexidade das disputas familiares em torno de bens valiosos, especialmente no mundo da arte. Enquanto a galeria Almeida & Dale, que supostamente intermediou a obra, nega envolvimento, a situação permanece tensa e sob supervisão judicial. A resolução da disputa poderá influenciar não apenas os envolvidos, mas também o mercado de arte no Brasil e a forma como heranças desse tipo são geridas.

