Na segunda-feira, 22 de dezembro, Stephen Miran, diretor do Federal Reserve, afirmou que não vê uma recessão iminente nos Estados Unidos, mas alertou que a inação em ajustar a política monetária pode acarretar riscos crescentes para a economia. Durante uma entrevista à Bloomberg TV, Miran indicou que os dados econômicos recentes deveriam levar os dirigentes a adotar uma postura mais cautelosa e flexível nas decisões monetárias.
Miran destacou que a resistência em revisar as análises à luz de novos dados pode prejudicar a imagem do Federal Reserve. Ele mencionou anomalias nos números de inflação ao consumidor, atribuídas ao shutdown do governo, e enfatizou que o componente habitacional estava distorcido. Além disso, ele comentou que as restituições de impostos previstas para o próximo ano devem proporcionar um leve estímulo à economia.
Sobre a próxima reunião de política monetária, Miran ainda não decidiu se apoiará um corte de 25 ou 50 pontos-base nas taxas de juros, ressaltando que a necessidade de cortes mais agressivos diminui com o tempo. Ele também abordou questões institucionais, afirmando que, caso não seja confirmado um sucessor até o final de janeiro, permanecerá no cargo. Miran finalizou reconhecendo a liderança do atual presidente do Fed, Jerome Powell, pelos recentes cortes de juros.