Diretor da PF critica incoerência em proposta de redução de penas

Eduardo Mendonça
Tempo: 1 min.

Na quarta-feira, 17 de dezembro de 2025, o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, expressou sua desaprovação em relação à proposta de redução de penas para os condenados pelos acontecimentos de 8 de janeiro. A crítica foi feita durante a cerimônia de posse do novo superintendente da PF no Distrito Federal, Alfredo Junqueira. Segundo ele, essa proposta contraria o discurso de endurecimento penal promovido no Congresso Nacional.

Andrei Rodrigues ressaltou que é essencial que as autoridades dos Três Poderes mantenham coerência em suas práticas e discursos sobre política criminal. Para ele, apoiar penas mais severas ao mesmo tempo que se favorece a flexibilização de punições revela uma contradição inaceitável nas ações governamentais. Essa incoerência pode minar a confiança pública nas instituições e nas políticas de justiça no Brasil.

A proposta, que já passou pela aprovação na Câmara dos Deputados, altera os parâmetros de dosimetria para condenados por tentativa de golpe de Estado, o que pode abrir caminho para a redução da pena do ex-presidente Jair Bolsonaro, atualmente estipulada em 27 anos e três meses. O desdobramento desse projeto gerará um intenso debate sobre a adequação da legislação penal e suas implicações para a justiça no país.

Compartilhe esta notícia