Dinamarca planeja proibir burca e niqab em instituições de ensino

Bianca Almeida
Tempo: 2 min.

O governo da Dinamarca anunciou, nesta quarta-feira (17), uma proposta para estender a proibição do uso de burca e niqab em escolas e universidades do país. O ministro da Imigração e Integração, Rasmus Stoklund, afirmou que estas vestimentas não têm lugar nas salas de aula dinamarquesas, reforçando uma lei existente que proíbe a ocultação do rosto em espaços públicos. A nova medida deve ser apresentada oficialmente em fevereiro de 2026.

Stoklund destacou que a proposta visa enviar uma mensagem de apoio a mulheres de contextos imigrantes, combatendo normas sociais rígidas. No entanto, essa iniciativa é alvo de críticas, sendo vista por detratores como discriminatória e uma violação da liberdade religiosa. A legislação atual já prevê multas para quem desrespeitar a proibição de ocultar o rosto em lugares públicos, e a ampliação da restrição para instituições de ensino gera debates acalorados sobre os direitos individuais.

A proposta dinamarquesa se insere em um contexto europeu mais amplo, onde outras nações, como a Áustria, também tomaram medidas semelhantes. A discussão sobre a liberdade de culto e a autonomia das mulheres continua a polarizar a opinião pública, especialmente em um momento em que questões de identidade e integração cultural estão em evidência. Assim, a iniciativa pode desencadear novas reações tanto a favor quanto contra, revelando a complexidade do tema na sociedade contemporânea.

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