Dinamarca e Groenlândia contestam nomeação de enviado dos EUA

Patricia Nascimento
Tempo: 2 min.

Os governos da Dinamarca e da Groenlândia manifestaram, nesta segunda-feira (22), que os Estados Unidos não têm planos de anexar a ilha após a nomeação do governador da Louisiana, Jeff Landry, como enviado especial por Donald Trump. A primeira-ministra da Dinamarca, Mette Frederiksen, e o primeiro-ministro da Groenlândia, Jens-Frederik Nielsen, emitiram uma declaração conjunta exigindo respeito à soberania e à integridade territorial da Groenlândia, enfatizando que “não se pode anexar outro país”.

Os líderes reafirmaram que a Groenlândia pertence aos groenlandeses e que as fronteiras nacionais são estabelecidas pelo direito internacional. A nomeação de Landry reacende tensões diplomáticas, especialmente após Trump ter sugerido anteriormente a possibilidade de os EUA assumirem a jurisdição sobre a ilha, rica em recursos minerais e estrategicamente posicionada no Ártico. Em resposta, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca expressou sua preocupação e convocou o embaixador dos EUA em Copenhague.

A Groenlândia, que possui cerca de 57 mil habitantes e autonomia desde 2009, tem reafirmado seu direito de decidir seu próprio futuro. Com a crescente atenção dos EUA à região, a situação pode impactar as dinâmicas de poder no Ártico e gerar novos desdobramentos nas relações entre a Groenlândia e os Estados Unidos, além de potencialmente afetar a política interna dinamarquesa e as aspirações de independência da ilha.

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