A Dinamarca convocou, nesta segunda-feira (22), seu embaixador nos Estados Unidos em resposta à designação do governador da Louisiana, Jeff Landry, como emissário especial para a Groenlândia. O presidente Donald Trump expressou a necessidade estratégica da ilha, que é rica em recursos naturais, e não descartou o uso da força para garantir o controle sobre o território. A nomeação gerou indignação entre as autoridades dinamarquesas, que pedem respeito à soberania nacional.
O ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Lars Lokke Rasmussen, expressou sua profunda insatisfação com a escolha de Landry, considerando-a inaceitável. Ele afirmou que o governo convocará o embaixador dos EUA para obter esclarecimentos sobre a situação. Apesar do desejo de independência da população da Groenlândia, a maioria não deseja se tornar parte dos Estados Unidos, segundo uma pesquisa recente.
As autoridades dinamarquesas insistem que a Groenlândia não está à venda e que a decisão sobre seu futuro cabe à população local. A localização estratégica da ilha entre a América do Norte e a Europa torna-a um ponto de interesse crescente para potências como EUA, China e Rússia, especialmente em um contexto de mudanças climáticas que abrem novas rotas marítimas. O governo dinamarquês reitera a importância do respeito à integridade territorial do Reino da Dinamarca, enfatizando a necessidade de diálogo respeitoso com Washington.