A chegada de dezembro suscita preocupações no mercado financeiro, especialmente nas bolsas emergentes como a brasileira, que se prepara para um mês potencialmente volátil. A menor liquidez e a diminuição do número de investidores podem intensificar os impactos de oscilações bruscas. No entanto, alguns analistas acreditam que o famoso ‘Santa Claus rally’ pode se concretizar, impulsionado mais por fatores internacionais do que pela situação local.
No cenário externo, o Federal Reserve dos Estados Unidos indica a possibilidade de continuar a redução das taxas de juros em sua reunião marcada para 10 de dezembro. Essa sinalização pode incentivar a busca por investimentos de maior risco em mercados emergentes, incluindo o Brasil. Contudo, a fragilidade do acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, mediado pelos EUA e observado pela União Europeia, coloca uma sombra de incerteza sobre essa expectativa otimista.
Internamente, a atenção se volta para indicadores que precedem a divulgação do IPCA, como o IPC-S e o IGP-DI da FGV, que são cruciais para a avaliação da inflação. Além disso, o ambiente no Congresso parece complicado, com líderes da Câmara e do Senado prontos para dificultar ainda mais os esforços do governo. Assim, dezembro se apresenta como um mês decisivo, repleto de desafios para a economia brasileira.