O Brasil encerra o ano com um fenômeno emocional conhecido como Dezembrite, que se caracteriza pelo aumento da tristeza e do estresse durante dezembro. Essa sensação é intensificada pelas confraternizações e pela pressão social, que muitas vezes não correspondem ao estado emocional das pessoas. O psicólogo Filipe Colombini destaca que as festividades podem reavivar lembranças dolorosas, especialmente para aqueles que enfrentam perdas ou questões emocionais não resolvidas.
Além da pressão externa, o uso excessivo das redes sociais agrava a percepção de felicidade alheia, provocando comparações que aumentam a tristeza sazonal. Dados da International Stress Management Association indicam que 80% da população brasileira sente estresse elevado no final do ano, refletindo a sobrecarga das obrigações e a busca por um fechamento de ciclos. Colombini aponta que existe uma imposição social de felicidade que, quando não é correspondida, gera desconforto e frustração.
Para lidar com essa complexidade emocional, o psicólogo sugere três eixos de cuidado: autoconhecimento, autocontrole e a capacidade de dizer ‘não’ a compromissos que não respeitam os limites pessoais. Reconhecer a Dezembrite não é rejeitar o fim do ano, mas sim entender como esse período pode amplificar tensões internas. Ao adotar uma abordagem mais honesta e menos exigente, é possível viver dezembro de forma mais saudável e equilibrada.


