Um estudo recente da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, em parceria com o Ministério da Educação e o Ministério do Desenvolvimento Social, revela que as desigualdades socioeconômicas no Brasil têm um impacto significativo no acesso à educação infantil. Com dados de 2023, a pesquisa mostra que apenas 30% das crianças de baixa renda, registradas no CadÚnico, estão matriculadas em creches, enquanto somente 72,5% das crianças de 4 e 5 anos frequentam a pré-escola, etapa obrigatória da educação básica.
O estudo destaca que a desigualdade é mais acentuada nas regiões Norte e Nordeste, onde as taxas de matrícula nas creches são alarmantemente baixas, chegando a 16,4% no Norte. Além disso, fatores como a escolaridade dos pais e a condição de moradia influenciam diretamente as chances de acesso à educação infantil. A presidente da Fundação, Mariana Luz, enfatiza a importância da creche como um espaço de aprendizado e segurança, especialmente para crianças em situação de vulnerabilidade.
A análise conclui que é essencial implementar políticas públicas que garantam a equidade no acesso à educação infantil, priorizando as comunidades mais afetadas. Com a discussão em torno do novo Plano Nacional de Educação, a pesquisa serve como um alerta para a necessidade de medidas que assegurem que todas as crianças, independentemente de sua origem socioeconômica, tenham acesso a uma educação de qualidade desde a primeira infância.

