Uma equipe de pesquisadores fez uma descoberta surpreendente na ilha de Hispaniola, no Caribe, onde vestígios de abelhas pré-históricas foram encontrados em crânios de roedores extintos. O estudo, publicado na revista Royal Society Open Science, é a primeira evidência conhecida de que esses insetos utilizaram ossos como abrigo para seus ovos, revelando um comportamento incomum no passado.
As marcas preservadas localizadas nas cavidades dos dentes dos fósseis indicam que as abelhas foram capazes de criar ninhos complexos, semelhantes a células de criação, onde depositavam ovos e armazenavam alimento para as larvas. A caverna, chamada Cueva de Mono, também serviu como abrigo para corujas gigantes que regurgitavam os ossos, criando um ambiente propício para as abelhas, protegido de predadores e variações climáticas.
Esta descoberta não apenas ilumina aspectos da biologia das abelhas extintas, mas também levanta questões sobre suas adaptações em relação ao ambiente. Embora não se tenha encontrado registros de abelhas modernas usando ossos como ninhos, a pesquisa sugere que esse comportamento pode ter sido uma estratégia de sobrevivência eficaz em tempos antigos, refletindo uma parte intrigante da história evolutiva desses insetos.

