Desaceleração dos Serviços impacta PIB brasileiro no terceiro trimestre

Thiago Martins
Tempo: 2 min.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou uma leve alta de 0,1% no terceiro trimestre de 2025, com os serviços apresentando um desempenho semelhante. Embora ainda tenha crescido 1,3% em comparação ao mesmo período do ano anterior, o setor de serviços, que representa cerca de 70% do PIB, demonstra sinais claros de desaceleração. O economista-chefe da Lev Asset Management, Jason Vieira, descreve essa mudança como uma desaceleração controlada, mas que pode impactar a inflação e a renda da população.

Os dados do IBGE indicam que setores como informação, comunicação e transporte sustentaram o crescimento, enquanto atividades financeiras enfrentaram recuos. A elevada taxa Selic, que atualmente está em 15%, tem sido apontada como um fator limitante para o avanço do setor. Rafael Costa, fundador da Cash Wise Investimentos, destaca que a demanda tem diminuído, levando o setor a um estado de exaustão, o que justifica os números abaixo das expectativas em relação ao PIB.

As implicações dessa desaceleração são significativas, pois podem afetar tanto a inflação quanto a massa salarial. A manutenção do IPCA dentro da meta é uma consequência dessa desaceleração, mas os analistas alertam que a situação é crítica. Conforme o setor de serviços perde força, o cenário econômico pode se tornar mais desafiador, exigindo atenção das autoridades e do mercado.

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