O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal, autorizou uma série de medidas cautelares contra os deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy, acusados de envolvimento em um esquema de peculato e lavagem de dinheiro. A investigação aponta que os parlamentares usaram recursos públicos para a locação de veículos de empresas com indícios de serem de fachada, como a Harue Locação de Veículos, entre 2020 e 2024.
Relatórios da Polícia Federal indicam que ambos os deputados pagaram valores significativos a essa empresa, que apresenta irregularidades, como a falta de uma frota adequada em comparação a locadoras legítimas. Além disso, assessores ligados aos gabinetes dos parlamentares movimentaram quantias incompatíveis com seus rendimentos, o que levanta suspeitas sobre a origem desses recursos e o método de lavagem utilizado, conhecido como ‘smurfing’.
As medidas cautelares incluem busca e apreensão de documentos e quebra de sigilos bancários, com o intuito de aprofundar a investigação sobre as irregularidades. A Procuradoria Geral da República apoia as ações, destacando que o grupo buscava dar uma falsa aparência de legalidade às contratações, o que poderá levar a consequências legais significativas para os envolvidos e ampliar a discussão sobre a transparência na gestão de verbas públicas.

