A Polícia Federal (PF) indiciou o deputado federal Gustavo Gayer, do Partido Liberal, sob a suspeita de desvio de recursos da cota parlamentar. A acusação se relaciona a transferências de verbas destinadas à sua atividade legislativa para uma empresa associada a um de seus aliados. Em resposta, o deputado divulgou um vídeo em suas redes sociais, negando as irregularidades e insinuando que a investigação é uma retaliação por seu apoio ao impeachment de ministros do STF.
A investigação da PF, que se intensificou após a deflagração de uma operação em outubro do ano passado, resultou na apreensão de R$ 70 mil em dinheiro vivo em posse de um assessor do deputado. O indiciamento inclui acusações de peculato, falsidade ideológica e associação criminosa. Gayer contestou os fatos, afirmando que os recursos de sua cota foram utilizados exclusivamente em seu escritório político e que não há evidências concretas de qualquer irregularidade, como a alegação de que um de seus imóveis seria uma escola de inglês.
O material coletado pela PF foi enviado ao Supremo Tribunal Federal para avaliação do procurador-geral da República, que decidirá sobre a viabilidade de uma denúncia formal. O desdobramento desse caso poderá afetar não apenas a carreira de Gayer, mas também a percepção pública sobre a utilização de recursos parlamentares no Brasil, em um ambiente já marcado por debates sobre ética e responsabilidade fiscal entre os representantes do povo.

