Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), foi preso preventivamente na última quarta-feira sob suspeita de vazar informações sigilosas da Polícia Federal sobre uma operação que resultou na prisão de um deputado conhecido como TH Joias. O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, destacou a grave infiltração da criminalidade organizada no poder público fluminense em seu despacho de prisão.
As investigações indicam que Bacellar teria repassado dados confidenciais sobre a operação, prejudicando uma investigação em curso que envolvia conexões do suspeito com o Comando Vermelho. Apesar de ser um membro do Poder Legislativo, Bacellar não deveria ter acesso a informações sigilosas de ações policiais, o que levanta questões sobre a segurança e a integridade das operações contra a criminalidade organizada no estado.
A prisão de Bacellar e a revelação de que o governador Cláudio Castro foi avisado sobre a operação antes de sua realização geram preocupações sobre a corrupção e a relação entre agentes políticos e o crime organizado. Para que o combate à criminalidade no Rio de Janeiro seja eficaz, é vital que ações policiais e informações operacionais sejam mantidas em sigilo, evitando assim qualquer interferência política que possa comprometer as investigações.


