Rodrigo Bacellar, presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, foi detido na manhã de quarta-feira, 3 de dezembro, em uma operação da Polícia Federal. Ele era o primeiro da lista de ‘comunicação urgente’ do deputado TH Joias, que foi preso em setembro por suspeita de envolvimento com o Comando Vermelho. A investigação aponta que Bacellar recebeu, durante a operação, informações sobre as ações da polícia, indicando uma possível obstrução da justiça.
De acordo com as autoridades, TH Joias enviou a Bacellar uma foto de um celular contendo imagens do sistema de segurança do imóvel que estava sendo alvo de busca, além do contato de sua advogada. Essa troca de informações, ocorrida enquanto a equipe policial já se encontrava no local, levanta sérias suspeitas sobre a integridade de Bacellar e suas intenções de proteger seus interesses durante a operação. O caso está inserido em um contexto mais amplo de investigações sobre a relação entre facções criminosas e a política no estado do Rio.
As implicações desse caso são profundas, pois refletem a necessidade de uma investigação mais abrangente sobre a corrupção no estado e o envolvimento de agentes públicos com organizações criminosas. A Operação Zargun, que resultou na prisão de TH Joias, já havia levantado preocupações sobre vazamentos de informações e tentativas de obstrução da justiça. O desdobramento desse caso poderá impactar significativamente a confiança pública nas instituições e na política do Rio de Janeiro.