Déficit do Tesouro em novembro cresce devido à queda das receitas

Laura Ferreira
Tempo: 2 min.

O secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que o déficit primário do governo central em novembro de 2025 foi de R$ 20,172 bilhões, um aumento significativo em comparação ao ano anterior. Ceron atribuiu essa elevação à redução das receitas não administradas, que inclui uma diminuição nos pagamentos de dividendos e uma queda nas receitas de concessões. Em outubro, o governo havia registrado um superávit de R$ 36,527 bilhões, evidenciando a reversão das finanças públicas.

Ceron explicou que, no ano passado, a entrada de recursos via concessão, como o caso da Copel, contribuiu positivamente para o resultado primário. Apesar do aumento do déficit, ele avaliou que as receitas do governo apresentam um bom crescimento no acumulado do ano, sugerindo recuperação econômica em outras áreas. O déficit de novembro superou a mediana das projeções do mercado, que esperava um déficit de R$ 13,250 bilhões.

Este aumento no déficit primário pode gerar preocupações sobre a sustentabilidade fiscal do governo e sua capacidade de lidar com as demandas financeiras futuras. O cenário atual poderá afetar as expectativas do mercado quanto à política fiscal do país. Assim, o governo precisará monitorar de perto as receitas e ajustar suas estratégias para impedir que essa tendência negativa se perpetue.

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