O Banco Central divulgou que o déficit das estatais federais chegou a R$ 6,3 bilhões entre janeiro e novembro de 2025, o que representa o segundo maior valor registrado na série histórica. O resultado negativo se aproxima do recorde do ano passado, quando o rombo foi de R$ 6,7 bilhões. A deterioração das finanças públicas é preocupante e exige medidas imediatas.
A situação do déficit é particularmente crítica para os Correios, que enfrentam um rombo estrutural de mais de R$ 4 bilhões anuais devido à universalização do serviço postal. Para enfrentar a crise, a empresa anunciou um plano de recuperação que inclui o fechamento de mil agências e a demissão de 15 mil funcionários, além de buscar aumentar a receita com a venda de ativos. A necessidade de um empréstimo de R$ 12 bilhões foi um passo crucial para estabilizar a operação da estatal.
As implicações deste déficit são amplas, refletindo a fragilidade das finanças públicas e a necessidade de reformas estruturais. O Banco Central observa que o resultado das estatais é impactado pela necessidade de financiamento e pela capacidade de injeção de recursos no Tesouro Nacional. Se não forem implementadas medidas eficazes, o cenário pode se agravar, elevando o rombo a níveis insustentáveis nos próximos anos.

