A defesa de Roger Abdelmassih, ex-médico condenado a mais de 173 anos de prisão por crimes de estupro, pediu à Justiça a conversão de sua pena em prisão domiciliar, citando risco iminente de morte. Atualmente com 82 anos, Abdelmassih está detido na Penitenciária 2 de Tremembé, no interior de São Paulo, onde sua saúde se deteriorou significativamente, segundo laudos médicos recentes.
Os documentos apresentados pela defesa revelam condições graves de saúde, incluindo cardiopatia isquêmica avançada e histórico de infarto. Os advogados argumentam que a estrutura do sistema penitenciário não é adequada para atender às emergências médicas que o ex-médico pode enfrentar, especialmente em situações cardíacas. A solicitação foi feita em dezembro, seguindo um pedido anterior de novembro, e ainda não recebeu decisão judicial.
Se a Justiça acatar o pedido, Abdelmassih poderá cumprir sua pena em casa, o que levantaria discussões sobre a adequação do sistema prisional em lidar com prisioneiros com necessidades médicas complexas. A análise do pedido ficará a cargo da magistrada responsável, e as implicações de uma possível decisão favorável podem repercutir nas políticas de saúde e segurança do sistema penitenciário brasileiro.

