Na última quinta-feira, 4 de dezembro de 2025, especialistas designados pelo secretário de Saúde dos Estados Unidos, Robert F. Kennedy Jr., discutiram a imunização contra a hepatite B para recém-nascidos. O foco da reunião foi a possibilidade de suspender a recomendação da vacina, uma proposta que contraria a opinião de muitos médicos e especialistas da área. A decisão, inicialmente prevista para ser anunciada na mesma data, foi adiada para sexta-feira devido a divergências entre os especialistas.
O Comitê Consultivo sobre Práticas de Imunização (ACIP) é responsável por formular diretrizes de vacinação nos Estados Unidos e, sob a direção de Kennedy Jr., tem enfrentado críticas por suas mudanças recentes nas orientações, como a vacinação contra a covid-19 e o sarampo. A reavaliação da segurança das vacinas, algumas delas em uso há décadas, levanta preocupações sobre o aumento da desconfiança em relação às vacinas e suas consequências para a saúde pública. A resistência de alguns membros do ACIP reflete um clima de incerteza na comunidade médica.
A proposta de revisão da recomendação da vacina contra a hepatite B vem gerando alarme entre especialistas, que temem uma queda nas taxas de imunização e um possível retorno de doenças contagiosas e letais, como o sarampo. A situação é ainda mais preocupante considerando os recentes surtos da doença que resultaram em mortes em 2025. O debate atual pode ter implicações significativas para a saúde pública nos Estados Unidos, à medida que se discute o papel das vacinas na prevenção de doenças.


