A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) decidiu, em 2 de dezembro de 2025, barrar um acordo de R$ 21,3 milhões proposto por Daniel Vorcaro e o Banco Master. Essa proposta visava encerrar um processo sancionador que investiga manipulação de preços e liquidez das cotas do fundo imobiliário Brazil Realty FII, embora o caso esteja sob análise desde 2020, quando surgiram as primeiras suspeitas.
A rejeição do acordo está ligada a novos desdobramentos, incluindo a liquidação do Banco Master pelo Banco Central em novembro e a recente prisão de Vorcaro na Operação Compliance Zero. O diretor da CVM, João Accioly, indicou que a gravidade das condutas investigadas e os danos potenciais ao mercado influenciaram a decisão do colegiado, que considera os valores propostos insuficientes para compensar os prejuízos envolvidos.
Agora, o processo seguirá para julgamento, mas pode ser adiado, uma vez que o relator do caso, Otto Lobo, deixará a CVM em 31 de dezembro, o que pode levar a uma redistribuição do caso e, em última análise, a um julgamento em 2026. As investigações em torno do Banco Master continuam, com alegações de fraudes bilionárias que podem ter movimentado até R$ 12 bilhões.


