Em 3 de dezembro de 2025, Cuba registrou um colapso parcial de sua rede elétrica, resultando em apagões que afetaram especialmente a capital, Havana, e diversas cidades do oeste do país. O incidente ocorreu em meio a uma grave crise energética que a nação caribenha enfrenta desde o ano passado, devido à diminuição das importações de petróleo da Venezuela, Rússia e México.
A estatal União Elétrica (UNE) informou, no início da semana, que a demanda de energia no horário de pico atingiria 3.250 megawatts, enquanto a oferta seria reduzida a apenas 1.325 megawatts. Este déficit de 59% é alarmante, especialmente em um período de inverno quando a demanda normalmente é menor. Além dos apagões frequentes, Cuba sofre com uma infraestrutura elétrica deteriorada, que remonta à época da União Soviética, e com problemas crônicos de abastecimento de combustível.
Os apagões diários, que podem durar mais de 20 horas, têm impacto direto na vida da população, afetando serviços essenciais como saúde e educação. Além disso, a escassez de alimentos e medicamentos se agrava, reflexo de uma crise econômica prolongada e das sanções norte-americanas. A situação atual levanta preocupações sobre a capacidade do governo cubano de lidar com as crescentes necessidades da população e a urgência de reformas estruturais.


