A eletricidade começou a ser restabelecida gradualmente nesta quarta-feira (3) no oeste de Cuba, especialmente em Havana, após uma falha significativa na rede elétrica que deixou milhões de moradores sem luz. A União Elétrica de Cuba (UNE) anunciou que o serviço será retomado de acordo com a capacidade de geração disponível, após um corte ocorrido às 5h locais, que afetou uma linha de transmissão entre duas centrais elétricas.
Cuba tem enfrentado uma crise econômica severa nos últimos cinco anos, resultando em apagões constantes e escassez de bens essenciais. As autoridades atribuem parte da situação ao embargo dos Estados Unidos, que dificulta a modernização da infraestrutura elétrica, mas economistas apontam para a falta de investimentos no setor como um problema crônico. Com a instalação de parques fotovoltaicos, esperava-se uma redução nos apagões, mas a situação ainda é crítica, com 59% da população sem eletricidade em horários de pico.
Os cubanos lidam com uma realidade difícil, onde cortes diários de energia podem ultrapassar 20 horas, afetando suas vidas cotidianas. Além disso, a crise sanitária e social, evidenciada por uma epidemia de dengue e chikungunya, agrava ainda mais os desafios enfrentados pela população. As consequências da falta de serviços básicos estão se tornando cada vez mais evidentes, e a recuperação elétrica é um passo importante, mas insuficiente diante da complexidade da crise atual.