Críticas a penas de mil anos para gangues em El Salvador são consideradas ‘propaganda’

Carlos Eduardo Silva
Tempo: 1 min.

Organizações humanitárias expressaram preocupação, em 22 de dezembro de 2025, sobre as sentenças de até mil anos de prisão para quase 250 integrantes de gangues em El Salvador. Essas penas, anunciadas pelo presidente Nayib Bukele, foram vistas como uma estratégia de ‘propaganda’ para transmitir uma imagem de severidade em relação ao crime, uma vez que a pena máxima no país é de 60 anos.

Ativistas, como Ingrid Escobar e Samuel Ramírez, criticaram a natureza simbólica dessas condenações, destacando que elas não traduzem uma verdadeira justiça, mas sim uma demonstração de poder do governo. Desde março de 2022, Bukele tem conduzido uma ‘guerra’ contra as gangues, utilizando um regime de exceção que facilita detenções sem ordem judicial, o que, segundo defensores dos direitos humanos, tem gerado abusos sistemáticos.

As reações a essas condenações revelam um crescente descontentamento com a abordagem do governo em lidar com a criminalidade. A situação levanta questões sobre o estado da justiça no país e os direitos dos indivíduos, especialmente em um contexto onde muitos inocentes permanecem detidos. O futuro dessas políticas permanece incerto, à medida que a pressão internacional e as críticas locais aumentam.

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