O setor imobiliário da China está passando por um período crítico, com as vendas das 100 maiores incorporadoras caindo 36% em novembro, em relação ao mesmo mês do ano anterior. A crise, que se arrasta por cinco anos, é marcada por um excesso de estoque que pressiona os preços das casas. A incorporadora China Vanke, uma das maiores do país, busca aprovação para um adiamento de pagamento, o que levanta preocupações sobre sua liquidez e a saúde do setor imobiliário.
Especialistas, como economistas do Goldman Sachs, observam que a probabilidade de novas medidas de estímulo habitacional aumentou, dada a gravidade da situação. Os preços de imóveis em 100 cidades caíram 7,95% em novembro, refletindo o fraco apetite dos compradores e um mercado saturado. A Vanke, que antes era vista como sólida, agora enfrenta uma possível reestruturação devido ao apoio necessário de seu acionista estatal para evitar defaults.
As implicações dessa crise se espalham além do setor imobiliário, pois ele desempenha um papel vital na economia chinesa. Economistas preveem que, se não forem tomadas medidas eficazes para estabilizar o mercado, a recuperação poderá ser prolongada. A possibilidade de subsídios de taxa de juros para ajudar os compradores de imóveis está em discussão, uma estratégia que poderia amenizar a pressão deflacionária e revitalizar as vendas no setor.


