Investigações exclusivas do GLOBO mostram como integrantes do crime organizado no Rio de Janeiro utilizam o WhatsApp para negociar armas, drogas e planejar roubos. Com a quebra do sigilo telefônico de um traficante, a polícia teve acesso a grupos que operam na venda de produtos ilícitos, revelando um mercado paralelo que se apresenta como um negócio legítimo.
Os dados obtidos indicam que traficantes não apenas realizam transações entre facções rivais, mas também oferecem armamentos e drogas em um ambiente digital, o que contribui para a naturalização dessas práticas. Mensagens trocadas entre os membros mostram orientações sobre como realizar negociações, independente da facção criminosa, fortalecendo o crime organizado na região.
Essas revelações provocam um debate sobre a eficácia das estratégias policiais diante do uso de tecnologias de comunicação pelos criminosos. Especialistas apontam que a crescente criptografia e as plataformas digitais dificultam a ação das forças de segurança, colocando em xeque a privacidade e a segurança pública em meio a um cenário de crescente criminalidade.

