Cresce o uso de escaneamento facial para identificação de menores online

Gustavo Henrique Lima
Tempo: 2 min.

O uso de escaneamento facial para calcular a idade de usuários na internet tem se intensificado, com o objetivo de restringir o acesso de menores a plataformas como TikTok e Instagram. Esta prática, que se tornará obrigatória na Austrália a partir de 10 de dezembro, é motivada por novas legislações que buscam aumentar a segurança online. Entretanto, a implementação de tais sistemas levanta questões sobre privacidade e possíveis vieses discriminatórios.

Empresas especializadas, como a Yoti, estão na vanguarda desse mercado, realizando quase um milhão de verificações diárias para clientes como Meta e TikTok. Embora o algoritmo utilizado tenha se mostrado eficaz, críticos apontam que a tecnologia pode ser intrusiva e que sua precisão varia conforme a etnia e faixa etária dos usuários. Além disso, especialistas destacam a possibilidade de contornos na verificação, como o uso de maquiagem, para enganar os sistemas de identificação.

O futuro dessas tecnologias permanece incerto, com a regulamentação e a evolução tecnológica ocorrendo rapidamente. A Age Verification Providers Association (Avpa) projeta um crescimento significativo no setor, mas especialistas pedem cautela em relação às implicações de privacidade e a eficácia das soluções. À medida que o debate sobre a segurança online se intensifica, as empresas enfrentam o desafio de equilibrar a proteção da juventude com a necessidade de respeitar a privacidade dos usuários.

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