Recentemente, o Brasil observou um notável aumento na adesão à internet entre pessoas com mais de 60 anos, alcançando 70% de conectividade. Este fenômeno, acelerado pela pandemia de COVID-19, levou muitos a superarem suas resistências iniciais e a se lançarem no mundo digital. Redes sociais e aplicativos se tornaram ferramentas essenciais para manter laços sociais e acessar serviços variados, transformando a forma como essa população interage com o mundo ao seu redor.
Especialistas destacam que a inclusão digital não só promove a autonomia, mas também oferece benefícios cognitivos, como o estímulo à memória e a redução do risco de declínio mental. A pandemia serviu como um catalisador, obrigando muitos a aprenderem a usar tecnologias que antes consideravam intimidadoras. Exemplos de usuários dessa faixa etária, como administradoras e médicas, mostram que a tecnologia se tornou uma aliada em suas rotinas, permitindo novas formas de trabalho e interação social.
Entretanto, esse crescimento rápido também traz desafios, como o aumento do risco de dependência digital e a vulnerabilidade a fraudes. Especialistas alertam que, embora a tecnologia seja uma ferramenta poderosa para conectar e enriquecer a vida social, é crucial que as pessoas mais velhas recebam orientações sobre como navegar de forma segura no ambiente digital. A alfabetização digital se torna, assim, uma necessidade para garantir que os benefícios superem os riscos associados ao uso das tecnologias.