O Brasil é o terceiro país do mundo em número de mulheres presas, com a população feminina encarcerada quintuplicando em 24 anos. A guerra às drogas, associada a problemas sociais como pobreza e desigualdade, impulsiona essa realidade, impactando severamente a estrutura familiar. Muitas mulheres, como Ilda Nascimento, enfrentam a dor da separação de seus filhos enquanto cumprem penas, revelando um drama humano profundo.
A situação atual apresenta cerca de 50 mil mulheres sob a tutela do Estado, com muitas delas mães que precisam lidar com a ausência de seus filhos. A Secretaria Nacional de Políticas Penais revela que 90 crianças vivem com suas mães nas prisões, enfrentando a dura realidade do sistema penitenciário. Especialistas apontam que a Lei de Drogas de 2006 contribuiu para a criminalização de mulheres em situação de vulnerabilidade, exacerbando o encarceramento feminino e a falta de alternativas à prisão.
As condições nas prisões femininas são precárias, com denúncias de tratamento cruel e falta de itens básicos, como produtos de higiene. A necessidade de reformas no sistema penal e de investimento em políticas que atendam às especificidades das mulheres encarceradas é urgente. O futuro exige uma revisão crítica das leis e uma abordagem mais humana e justa para lidar com a questão do encarceramento feminino no Brasil.

