A crescente demanda por terapia de reposição de testosterona entre mulheres tem levantado preocupações nas entidades médicas. A Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, junto a outras associações, alerta que a única indicação reconhecida para o uso deste hormônio é no tratamento do transtorno do desejo sexual hipoativo na pós-menopausa. Apesar disso, muitas mulheres buscam a testosterona com a esperança de obter benefícios estéticos e de vitalidade, mesmo sem evidências científicas que respaldem tal uso.
A testosterona, embora considerada um ‘hormônio masculino’, desempenha funções importantes no corpo feminino, como a manutenção da massa muscular e da libido. No entanto, a queda dos níveis desse hormônio a partir dos 30 anos e especialmente na menopausa tem levado a um aumento na busca por terapias hormonais. Especialistas alertam que o uso da testosterona fora das indicações aprovadas pode trazer riscos significativos à saúde, incluindo efeitos indesejados como virilização, alterações metabólicas e problemas de humor.
Diante da crescente desinformação nas redes sociais, profissionais de saúde enfatizam a importância de uma abordagem médica adequada e cautelosa. É fundamental que as mulheres se informem sobre os reais benefícios e riscos da terapia hormonal e que busquem alternativas seguras para lidar com os efeitos do envelhecimento. A conversa sobre o uso de hormônios deve ser pautada pela transparência e pelo cuidado na escolha do tratamento, priorizando sempre a saúde e o bem-estar das pacientes.


