A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Crime Organizado no Senado convocou, na terça-feira (9), o presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, deputado estadual Rodrigo Bacellar, solto por seus colegas na Alerj após votação. Bacellar enfrentava prisão preventiva devido a acusações de vazar informações sobre operações policiais contra o Comando Vermelho, uma das facções criminosas mais influentes do estado. A convocação ocorreu durante a sessão que ouviu o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.
Na votação realizada na segunda-feira (8), a Alerj decidiu pela soltura de Bacellar com 42 votos a favor e 21 contra. O relator da CPI, senador Alessandro Vieira, argumentou que a presença do deputado é crucial para entender a atuação do crime organizado e sua capacidade de corromper instituições e desviar recursos públicos. Vieira enfatizou que a contribuição de Bacellar é vital para um diagnóstico preciso da infiltração econômica do crime organizado no Brasil.
Além de Bacellar, a CPI também aprovou o convite ao ex-governador do Rio de Janeiro, Antonhy Garotinho, conhecido por suas denúncias sobre o crime organizado no estado. A expectativa é que as oitivas sejam pautadas já na próxima semana, conforme anunciado pelo presidente da Comissão, senador Fabiano Contarato. A CPI busca aprofundar a compreensão sobre os mecanismos de infiltração do crime nas estruturas estatais, com foco na proteção e eficácia das instituições públicas.