Nos últimos dias, o Brasil foi abalado por casos alarmantes de feminicídio, revelando a urgência de ações para prevenir a violência contra as mulheres. Com uma taxa de 4,8 feminicídios para cada 100 mil mulheres, o Brasil ocupa a quinta posição global neste triste ranking, conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). A cientista política Ana Carolina Querino, da ONU Mulheres, alerta que os cortes em financiamentos internacionais estão desmantelando as organizações essenciais para o enfrentamento dessa grave questão social.
Ana Carolina Querino enfatiza que a prevenção é fundamental e critica a falta de investimento em programas voltados para a proteção das mulheres. Em sua análise, ela ressalta que a tecnologia pode tanto ajudar quanto agravar a situação, com a crescente violência digital sendo uma forma de assédio que precisa de atenção. Além disso, a cientista aponta que é necessário discutir novas expressões de masculinidade para combater as raízes da violência, que são estruturais e históricas na sociedade brasileira.
Por fim, a luta contra a violência de gênero no Brasil enfrenta um cenário desafiador, agravado pela redução de financiamento e pela resistência a mudanças nas normas sociais. A implementação efetiva de leis como a Maria da Penha depende de um fortalecimento das organizações que atuam na proteção dos direitos das mulheres. A conscientização sobre a violência, tanto em suas formas tradicionais quanto digitais, é crucial para mobilizar a sociedade e criar um ambiente seguro para todas.

