A Corte de Apelação de Roma adiou na quinta-feira, 18 de dezembro, a decisão sobre a extradição da ex-deputada ítalo-brasileira Carla Zambelli, marcando a terceira vez que essa deliberação é postergada. A nova audiência está agendada para 20 de janeiro de 2026, em resposta ao pedido da defesa que argumentou a necessidade de mais tempo para avaliar documentos recebidos do Supremo Tribunal Federal apenas um dia antes. Esses documentos incluem informações sobre as condições da Penitenciária Feminina do Distrito Federal, onde Zambelli cumprirá pena caso a extradição seja aprovada.
A solicitação de adiamento foi fundamentada na necessidade de entender melhor os detalhes sobre o sistema penitenciário brasileiro, especialmente em relação ao local de cumprimento da pena. Zambelli foi condenada a 10 anos de reclusão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça e já enfrentou três audiências de custódia na Europa, além de ver negados seus pedidos de liberdade provisória. A Justiça italiana expressou preocupações sobre o risco de fuga, o que complicou ainda mais sua situação.
A ex-deputada renunciou recentemente ao seu mandato na Câmara dos Deputados, e a vacância foi preenchida por seu suplente. As implicações desse caso se estendem além da esfera judicial, refletindo a tensão entre as legislações brasileira e italiana e suscitando debates sobre a cooperação internacional em matéria penal. À medida que o novo julgamento se aproxima, a atenção se volta para as repercussões políticas e legais que essa situação poderá desencadear.

