Os Correios do Brasil estão enfrentando uma grave crise financeira, apresentando um prejuízo de 6 bilhões de reais nos primeiros nove meses de 2025, um rombo significativamente maior em relação ao resultado negativo de 2,6 bilhões de reais em 2024. A estatal, que fornece serviços postais e de entrega, está perdendo competitividade para empresas privadas que se destacaram pela eficiência, especialmente após o aumento das entregas em domicílio durante a pandemia de covid-19.
Recentemente, o governo, sob a liderança do presidente Lula, decidiu retirar a estatal da lista de privatização, mas as medidas de contenção de despesas ainda não foram implementadas de forma eficaz. Emmanoel Rondon assumiu a presidência da empresa em setembro de 2025 e está buscando alternativas, como um empréstimo de 12 bilhões de reais, após a primeira proposta de 20 bilhões ter sido barrada devido a juros considerados abusivos. Apesar dessas tentativas, a confiança no futuro da empresa permanece abalada.
A nova gestão lançou um plano de reestruturação que visa reduzir o déficit em 2026 e buscar lucro em 2027, incluindo demissões voluntárias e venda de imóveis. A expectativa é que esses passos ajudem a estabilizar as finanças da estatal, mas ainda pairam dúvidas sobre a eficácia dessas ações e se elas serão suficientes para evitar prejuízos maiores para a sociedade brasileira.