O Conselho de Administração dos Correios autorizou, nesta quarta-feira, um empréstimo de R$ 12 bilhões, que foi negociado com um consórcio de cinco instituições financeiras. Contudo, a concretização do empréstimo está sujeita à aprovação do Tesouro Nacional, que ainda está avaliando a garantia da União para a operação.
A proposta, que envolve os bancos Itaú, Bradesco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, prevê um plano de reestruturação abrangente para a estatal. Este plano inclui cortes significativos de custos, como a demissão de 15 mil funcionários, e a busca por parcerias com o setor privado para diversificar os serviços oferecidos. A expectativa é que, com estas medidas, os Correios consigam reverter sua situação financeira e voltem a operar com lucro até 2027.
Se aprovada, a operação terá um prazo de pagamento de 15 anos, com três anos de carência e juros de 115% do CDI. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é possível que a autorização ocorra até esta sexta-feira, destacando o trabalho intenso que tem sido realizado para viabilizar o empréstimo. A situação dos Correios reflete um desafio maior para a gestão pública, que busca equilibrar a saúde financeira das estatais com a necessidade de serviços essenciais à população.