Na última segunda-feira, 29 de dezembro de 2025, os Correios divulgaram um plano de reestruturação que inclui a possibilidade de abrir seu capital, tornando-se uma empresa de economia mista. Em coletiva de imprensa em Brasília, o presidente da estatal, Emmanoel Rondon, explicou que a medida visa enfrentar os déficits acumulados desde 2022 e busca parcerias que possam fortalecer a companhia. Além disso, a estatal prevê o fechamento de mil agências e a demissão de 15 mil funcionários até 2027.
Os Correios também anunciaram a contratação de um empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos, sendo que R$ 10 bilhões devem ser desembolsados em 2025 e R$ 2 bilhões no início de 2026. Rondon afirmou que esses recursos são necessários para garantir a adimplência com fornecedores e a continuidade dos serviços. Apesar do empréstimo, a estatal ainda busca levantar mais R$ 8 bilhões para equilibrar suas finanças, o que pode envolver novas operações de crédito ou aportes do Tesouro Nacional.
A reestruturação dos Correios é uma resposta a uma crise financeira que se arrasta desde 2016, exacerbada pela digitalização das comunicações e pela concorrência crescente no setor. Com um patrimônio líquido negativo que já ultrapassa R$ 10 bilhões, a companhia enfrenta desafios significativos para se manter competitiva. Rondon ressaltou a importância de adaptabilidade e inovação para que a empresa possa se recuperar e prosperar em um mercado em constante transformação.