Nesta quarta-feira (10), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) realiza sua última reunião do ano para discutir a manutenção da Taxa Selic, atualmente fixada em 15% ao ano, o maior patamar desde julho de 2006. Com a inflação mostrando sinais de desaceleração, analistas de mercado acreditam que a taxa deve ser mantida, apesar das pressões persistentes em setores como energia e alimentos.
Desde setembro do ano passado, a Selic foi elevada em sete ocasiões consecutivas, e o Copom não alterou a taxa nas reuniões de julho, setembro e novembro. A ata da última reunião indicou que a taxa será mantida em 15% por um período prolongado para garantir a convergência da inflação à meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%, com um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual.
A decisão sobre a Selic terá implicações significativas para a economia brasileira, visto que a taxa básica de juros é um dos principais instrumentos do Banco Central para controlar a inflação e influenciar a atividade econômica. O cenário atual de incerteza exige cautela na condução da política monetária, e a expectativa é que a taxa permaneça elevada até o início de 2026, enquanto a inflação continua a ser monitorada de perto pelo BC.

