A reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, prevista para os dias 27 e 28 de janeiro, pode ocorrer com um quorum inédito de sete dos nove diretores, devido à expiração dos mandatos de dois diretores nomeados pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. As novas indicações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que precisam ser aprovadas pelo Senado, ainda não foram formalizadas e devem ser enviadas apenas no próximo ano.
Os diretores Diogo Guillen e Renato Gomes deixarão seus cargos ao fim de seus mandatos, e suas funções podem ser temporariamente absorvidas por outros integrantes do Copom. O cenário político atual, associado às relações tensas entre o governo e o Senado, pode atrasar ainda mais a nomeação dos novos diretores, o que gera incertezas sobre a condução da política monetária do Banco Central.
As expectativas do mercado em relação ao Copom incluem a possibilidade de um ciclo de cortes de juros, em meio a sinais de desaceleração econômica. A manutenção da Selic, que está em 15% desde junho, é aguardada, e a aprovação das novas indicações é crucial para a continuidade da política monetária. Sem essas nomeações, os novos diretores só poderão participar da próxima reunião do Copom em março de 2026, caso obtenham a aprovação do Senado.


