O ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, teria realizado contatos com o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, em pelo menos quatro oportunidades para discutir a situação do Banco Master. Essa revelação provoca questionamentos acerca da imparcialidade do Judiciário, já que não existem evidências de interferência direta em decisões judiciais, mas o episódio suscita debates sobre os limites dos contatos informais entre autoridades.
Análises jurídicas indicam que, até o momento, não há violação legal nas ações do ministro, pois não havia julgamento relevante sobre o Banco Master sob sua relatoria. No entanto, críticos ressaltam que a percepção de imparcialidade do Judiciário é fundamental e que tais contatos podem manchar a imagem da Corte. O advogado Jean Felipe enfatiza que a confiança pública é vital para o Judiciário e que a aparência de imparcialidade é tão importante quanto a imparcialidade em si.
Por fim, o episódio evidencia a necessidade de um código de conduta para os ministros do STF, conforme reconhecido pelo presidente da Corte, Edson Fachin. A ausência de regras claras sobre contatos institucionais pode levar a desgastes recorrentes, mesmo na falta de ilegalidades específicas. Assim, a situação atual do STF é marcada por um desafio ético que exige atenção e ação para restaurar a confiança pública.

