O cenário do mercado financeiro brasileiro em 2025 apresenta uma mudança marcante, com as construtoras se consolidando como fontes significativas de retorno, ao passo que o setor de utilities, incluindo serviços essenciais como energia e saneamento, tem visto uma drástica redução em sua participação. A XP Asset, uma reconhecida gestora de investimentos, viu a alocação em utilities cair de 30-35% no início do ano para cerca de 17% atualmente, conforme declarado por Marcos Peixoto, gestor da instituição.
Peixoto atribui essa transformação ao desempenho inferior das utilities, que não têm conseguido gerar os mesmos ganhos que antes. Embora a XP mantenha posições em algumas empresas que se valorizaram após privatizações, ele acredita que a maioria do potencial de valorização já foi alcançada. Adicionalmente, um leilão crucial marcado para março do próximo ano pode impactar a dinâmica do setor, exigindo que as empresas sejam competitivas para manter sua relevância no mercado.
As construtoras, por outro lado, se beneficiaram de uma combinação de fatores, incluindo o fortalecimento de programas habitacionais pelo governo e um ambiente de crédito imobiliário mais resiliente. Com a XP mantendo entre 10% e 15% de seu portfólio alocado no setor, a expectativa é de que as construtoras continuem a desempenhar um papel vital no mercado, especialmente em um cenário econômico desafiador marcado por juros elevados.

