O presidente do São Paulo, Júlio Casares, enfrenta uma crescente insatisfação em sua coalizão, com conselheiros que antes o apoiavam agora se unindo à oposição para solicitar seu afastamento. Ao menos 80 membros do Conselho Deliberativo já formalizaram a intenção de impeachment, motivados por alegações de corrupção e desvio de verbas. A oposição, que já reúne 58 assinaturas, considera a situação insustentável após recentes escândalos administrativos.
Dentre os dissidentes, destacam-se Carlos Bemonte e Vinicius Pinotti, ambos com planos de concorrer à presidência em 2026. A instabilidade na gestão de Casares é evidenciada por investigações da Polícia Civil sobre supostos desvios relacionados à venda de atletas, além de um escândalo envolvendo a comercialização inadequada de camarotes. A necessidade de convocar uma reunião extraordinária do Conselho Deliberativo pode levar a uma votação de impeachment em até 30 dias.
Se a votação ocorrer e o impeachment for aprovado, o vice-presidente Harry Massis Junior assumirá até as próximas eleições. A situação financeira do clube e a perda de apoio político criaram um ambiente propício para a oposição, que busca reverter a liderança atual. O desfecho dessa crise poderá ter implicações significativas para o futuro do São Paulo e sua estabilidade administrativa.

