O presidente do São Paulo, Júlio Casares, enfrenta uma crise de apoio sem precedentes, à medida que conselheiros que outrora o apoiaram agora se unem para solicitar seu afastamento. No total, pelo menos 80 conselheiros já formalizaram seu desejo de que Casares deixe o cargo, impulsionados por um movimento da oposição que conseguiu reunir 58 assinaturas em um pedido inicial de impeachment.
Entre os dissidentes, destacam-se figuras importantes como Carlos Belmonte e Vinicius Pinotti, ambos com aspirações de concorrer à presidência do clube em 2026. A situação foi agravada por investigações da Polícia Civil sobre supostos desvios de verba e um escândalo envolvendo a comercialização clandestina de camarotes. O Conselho Deliberativo do São Paulo deve convocar uma reunião extraordinária para discutir a votação do impeachment, que requer uma maioria qualificada de dois terços para ser aprovada.
Se o afastamento for efetivado, o vice-presidente Harry Massis Junior assumirá a presidência até as eleições de 2026. A instabilidade na gestão de Casares, acentuada por escândalos financeiros e políticos, tem fortalecido a oposição e pode levar a mudanças significativas na administração do clube do Morumbi, que atravessa um momento delicado em sua história.

