O Congresso Nacional do Brasil aprovou um aumento na previsão de arrecadação para o Orçamento de 2026 em R$ 12,3 bilhões, totalizando R$ 3,2 trilhões. Essa decisão inclui cortes de R$ 1,9 bilhão em despesas do governo Lula, com o objetivo de destinar mais recursos para emendas parlamentares e o fundo eleitoral, que receberá R$ 4,96 bilhões. As negociações em torno do calendário de pagamento das emendas estão em andamento, visando atender as demandas dos parlamentares antes das eleições.
O incremento na arrecadação está vinculado a uma reengenharia das contas públicas, com o Congresso incorporando medidas de defesa comercial e ajustando estimativas de receitas. A relatora de receitas do Orçamento, senadora Professora Dorinha Seabra, destacou a importância de evitar tanto o otimismo exagerado quanto o pessimismo desnecessário nas previsões financeiras. As mudanças foram realizadas em acordo com o governo, que busca espaço fiscal para cobrir novos gastos, como o aumento do salário-maternidade para trabalhadoras autônomas, após decisão do Supremo Tribunal Federal.
Essas alterações no Orçamento refletem um esforço do Congresso para fortalecer sua influência nas decisões financeiras do governo, especialmente em um ano eleitoral. A aprovação do aumento na arrecadação e dos cortes de despesas pode impactar o cenário político e econômico do país, à medida que as emendas parlamentares se tornam um tema central nas discussões sobre financiamento de campanhas. O desdobramento dessas medidas será monitorado de perto, considerando a importância das eleições para a dinâmica política brasileira.