A escalada de confrontos entre Tailândia e Camboja, em uma fronteira disputada há mais de um século, deixou ao menos dez mortos e forçou a evacuação de dezenas de milhares em menos de 48 horas. A violência rompeu um cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos, que havia sido celebrado como um marco diplomático. As tensões históricas reemergem, colocando os dois países em um ciclo de violência contínuo.
Os combates se espalharam por diversas províncias, com o governo cambojano relatando mortes de civis em bombardeios. Do lado tailandês, três soldados perderam a vida e mais de 125 mil civis foram deslocados. A situação se complica com as acusações mútuas de ataques a áreas civis, enquanto ambos os governos se preparam para possíveis repercussões políticas internas.
O novo ciclo de violência impacta diretamente a política na Tailândia, resultando na queda da primeira-ministra Paetongtarn Shinawatra, em meio a críticas de favoritismo a interesses cambojanos. Especialistas pedem a intervenção da Asean para evitar uma escalada maior do conflito. Com a pressão internacional aumentando, o futuro da região permanece incerto e suscita preocupações sobre a estabilidade e a segurança.

