Na terça-feira, 9 de dezembro de 2025, a Câmara dos Deputados enfrentou uma crise após o presidente da Casa, Hugo Motta, anunciar a votação do PL da Dosimetria e a cassação de quatro mandatos, incluindo o do deputado Glauber Rocha (PSOL-RJ). Em resposta, Rocha ocupou a Mesa Diretora como forma de protesto, desencadeando uma série de eventos que culminaram em sua remoção forçada pela polícia legislativa e em agressões do lado de fora do plenário.
O clima de tensão se intensificou rapidamente, levando a uma proibição da cobertura da imprensa e gerando um debate acalorado sobre a proteção da democracia. Hugo Motta defendeu suas ações nas redes sociais e no plenário, afirmando que a Câmara deve estar livre de intimidações e gestos autoritários. Glauber Rocha, por sua vez, criticou o tratamento desigual entre os parlamentares e apontou para uma suposta ofensiva golpista, ressaltando a diferença de abordagem em situações anteriores que envolveram outros deputados.
Este episódio ocorre em um momento delicado para o cenário político, com a pré-candidatura do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) à presidência da República e conversas entre líderes do Centrão. A decisão de Motta em pautar questões controversas imediatamente após essas reuniões levanta preocupações sobre a estabilidade política e as práticas democráticas no Brasil, deixando a expectativa sobre os próximos passos da oposição e do governo.

