Na última sexta-feira, um comitê de consultores de vacinas dos Estados Unidos decidiu revogar a recomendação de vacinação contra hepatite B para a maioria das crianças ao nascer. Essa mudança substitui a diretriz universal estabelecida em 1991, que visava proteger todos os recém-nascidos contra infecções que podem levar a doenças hepáticas graves. A nova política limita a vacinação ao grupo de bebês cujas mães testaram positivo para o vírus da hepatite B.
Especialistas em saúde pública expressaram preocupações sobre as implicações dessa decisão, afirmando que a mudança pode reverter décadas de progresso na saúde coletiva. A recomendação anterior incluía a administração da vacina ao nascimento, seguida de mais duas doses nas idades de 1 a 2 meses e entre 6 e 18 meses. Agora, os pais são incentivados a consultar profissionais de saúde sobre a vacinação, o que, segundo críticos, pode criar barreiras ao acesso à imunização.
Com essa alteração, a situação da hepatite B nos Estados Unidos pode se agravar, conforme alertam alguns especialistas. A Organização Mundial da Saúde ainda recomenda a vacinação universal para bebês logo após o nascimento, destacando a importância da imunização para evitar hepatite crônica. A mudança no comitê, sob a liderança do secretário de Saúde, representa uma divergência significativa das práticas recomendadas por organizações médicas e de saúde pública em todo o mundo.


