As compras de última hora para o Natal movimentam o comércio brasileiro, com projeções de vendas de R$ 72,71 bilhões, representando um crescimento de 2,1% em relação ao ano anterior. Apesar do cenário de pleno emprego e de um dólar mais acessível, os consumidores permanecem cautelosos, refletindo preocupações com os altos juros e o endividamento. A Confederação Nacional do Comércio (CNC) destaca que este pode ser o melhor Natal para o varejo desde 2014.
Os dados indicam que, apesar do aumento nas vendas, o número de inadimplentes ultrapassou 80 milhões até novembro, o que gera incerteza entre os consumidores. A taxa Selic, atualmente em 15%, também influencia a decisão de compra, levando muitos a optarem por lembrancinhas mais em conta e a planejarem melhor suas compras. Em shoppings, a expectativa é de crescimento no fluxo de visitantes e nas vendas, com destaque para o aumento de 5% nas vendas em comparação a 2024.
No entanto, a cautela é evidente, com um gasto médio por consumidor caindo de R$ 312 para R$ 293 neste ano. As promoções e o reforço no atendimento em lojas são estratégias adotadas para atrair clientes. À medida que o comércio se aquece, as tendências de consumo mostram uma maior demanda por alimentos e vestuário, especialmente itens importados, evidenciando um equilíbrio entre otimismo e prudência por parte dos consumidores.

