O embaixador colombiano Jorge Iván Ospina, designado para os Territórios Palestinos, revelou nesta quinta-feira (11) que sua posse foi impedida por Israel, que bloqueou sua entrada na Cisjordânia. Nomeado pelo presidente Gustavo Petro em maio, Ospina deveria ser o primeiro embaixador da Colômbia na região, onde se planejava abrir uma nova sede diplomática, mas a recusa israelense complicou essa iniciativa. O político criticou a decisão como arbitrária e em desacordo com os Acordos de Oslo.
Após meses de tentativas frustradas, Ospina afirmou que o governo israelense inviabilizou sua chegada, o que levou ao esgotamento do prazo legal para assumir o cargo, resultando na retirada de seu nome da lista oficial. A Colômbia, sob a liderança de Petro, tem adotado uma postura crítica em relação às ações de Israel, especialmente em meio ao recente conflito na Faixa de Gaza. A chancelaria colombiana não se manifestou sobre o veto alegado, aumentando a incerteza sobre os laços diplomáticos entre os dois países.
Como consequência da situação, a Colômbia rompeu relações diplomáticas com Israel, interrompendo exportações de carvão e a compra de armamentos israelenses. Essa mudança de postura reflete a crescente tensão e as críticas do presidente Petro, que qualificou as ações de Netanyahu como genocidas. O governo israelense, por sua vez, considera essas declarações como antissemitas, o que pode acirrar ainda mais o conflito diplomático entre as nações.