Colômbia condena ex-comandante militar por execuções de civis

Jackelline Barbosa
Tempo: 1 min.

O tribunal de paz da Colômbia condenou, nesta sexta-feira (19), o coronel da reserva Publio Hernán Mejía a 20 anos de prisão por sua responsabilidade em 72 assassinatos de civis, que foram erroneamente apresentados como guerrilheiros. A decisão foi proferida pela Jurisdição Especial para a Paz (JEP), que julga os crimes mais graves cometidos durante o conflito armado no país.

A JEP considerou Mejía culpado por crimes de guerra e contra a humanidade, incluindo homicídio de pessoa protegida e desaparecimento forçado. Entre as vítimas estão camponeses, indígenas e jovens desempregados, muitos dos quais foram executados após se renderem em combate ou ficaram feridos. O tribunal impôs a pena máxima, sem a possibilidade de benefícios, uma vez que Mejía não reconheceu sua responsabilidade nos crimes.

Este julgamento é um passo significativo na luta da Colômbia para lidar com os legados de seu passado violento, onde as mortes de jovens pelas forças armadas, conhecidas como ‘falsos positivos’, são um dos crimes mais graves. A JEP estima que o país tenha registrado mais de 6.402 casos desse tipo, refletindo a urgência de um processo de verdade e reparação para as famílias das vítimas.

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